Menina em GO amputa braço após suposto erro médico

Menina em GO amputa braço após suposto erro médico - Uma criança de 7 anos teve o braço direito amputado na altura do ombro, uma semana depois de sofrer uma fratura ao cair na casa da avó em Trindade, cidade na região metropolitana de Goiânia (GO). A família de Mariana Alves Rodrigues acredita que os médicos que a atenderam no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), da Secretaria Municipal de Saúde, erraram na hora de colocar o gesso no braço.

Mariana está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), com infecção generalizada (septicemia) e respira com ajuda de aparelhos.

O Conselho Regional de Medicina (Cremego) e a SMS abriram sindicância para apurar se houve erro médico.

Mariana caiu no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes, quando brincava na casa da avó. No dia seguinte, a menina começou a reclamar de dores e foi com a mãe, Flávia Rodrigues Oliveira, 31 anos, para um posto de saúde em Trindade.

Como o funcionário da radiologia havia faltado, elas foram encaminhadas para o Crof, onde um médico prescreveu a colocação de gesso. O procedimento foi feito na própria unidade.

Como as dores não passaram e o braço parecia mais inchado, no dia 25 de abril a família levou a menina de volta ao Crof. Outro ortopedista a atendeu e teria dito que era "manha" da menina, segundo a mãe.

O quadro da estudante piorou e ela foi encaminhada para o Hugo na noite do mesmo dia. Lá foi descoberto que os músculos e vasos sanguíneos do braço da menina estavam comprimidos.

No domingo, a família foi informada da necessidade de amputação. Quase todo o braço já estava necrosado e a substância tóxica liberada estava provocando falência renal.

"É um pesadelo tudo isso que estamos passando. Se não tirassem o braço, a Mariana iria morrer. Foi o pior momento da minha vida", disse a mãe da menina.

Ontem, Mariana foi submetida a uma traqueostomia para facilitar a respiração. Seu quadro evoluiu de gravíssimo para estável, mas ela ainda corre risco de morte.

A assessoria de imprensa da SMS informou que serão pedidos os prontuários médicos da criança para saber porque ela não foi atendida em Trindade.

Os funcionários do Crof que atenderam a menina só vão se pronunciar após a investigação do caso. Se existir alguém do sistema municipal de saúde responsável pelos danos sofridos por Mariana, a assessoria informou que haverá punição.

Amanhã está previsto que Flávia compareça no 5° Distrito de Polícia de Goiânia, onde o caso será investigado.

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